sexta-feira, 7 de maio de 2010

.:: Resposta ::.


Vindo ao trabalho pela manhã, estava lendo um capitulo de um livro que fala sobre o caráter e paciência de D-s e de como as pessoas possuem uma visão errada de Seu respeito. Amam o Filho, que é amoroso e paciente, mas tem medo do Pai por ser irado e intolerante.
Isso me fez lembrar de um papo que tive em janeiro deste ano com uma pessoa e me fez refletir novamente sobre.

É fato que nem sempre me importo com o que os outros pensam sobre mim. Ou, não me importava até então. Achava natural falar certas coisas de forma aberta, até por uma questão de criação. Meus pais sempre deram liberdade pra falar o que quiser, de forma que, em casa, nos entendemos bem, não importa o assunto. Todos se conhecem e sabem quem somos, independente do que falamos ou opiniões que temos. Não rodeamos pra falar. Vai assim, “na lata”. Muitos amigos também nunca tiveram dificuldade em me entender, mesmo falando bobeiras de vez enquanto, até porque, as pessoas com quem mais converso, são muito parecidas comigo, fazem as mesmas brincadeiras, tem a mesma liberdade de falar de variados temas, mas sempre mantendo o respeito, claro.

E em janeiro, falamos sobre caráter e personalidade.

Personalidade: é a nossa identidade, em relação ao que os outros pensam a nosso respeito, mas que muitas vezes, não representa o que somos. Aquilo que vemos na outra pessoa ou o que vêem em nós.
Caráter: é aquilo que somos na intimidade e ninguém sabe. São as atitudes repetidas diariamente que moldam o caráter.

[hoje sei que tanto um quanto o outro, podem ser modificados por D-s, se assim permitirmos, mesmo algumas pessoas afirmando o contrário]

Todo aquele papo mexeu demais comigo, me abalou profundamente, até porque nunca tinha parado pra pensar nas minhas ações e palavras e como estas afetavam os que me rodeiam.

E para essa pessoa em especial, quis que ela me visse de verdade, aquilo que sou por dentro, não aquilo que aparentei ser. Quis que visse meu caráter, e não minha personalidade. Aquilo que sou, e não o que ela via. Cometi erros? É claro que sim! Não me eximo de culpa. Mas quando não consegui fazê-la enxergar, sofri demais. Não é agradável quando as pessoas pensam e vêem algo sobre vc que não condiz com a realidade.

Infelizmente, fazemos isso o tempo todo. Julgamos os outros sem entender ou saber o motivo por trás daquilo que o levou àquela ação ou palavra, mas quando é com a gente... A gente sofre. Não podemos abrir a cabeça de alguém e projetar aquilo que pensamos na mente dela, como o personagem Lewis fez naquela animação da Disney “A Família do Futuro”. Não podemos fazê-la ver exatamente a mesma coisa que vemos, da forma que vemos.

Eu quis muito fazê-la ver. Mas ela não viu. Sofri, chorei, adoeci. E ela se foi... Mas não posso culpar apenas a mim, como fiz por muito tempo. Em relacionamentos nunca erramos sozinhos.

Só que, diferente da garota no labirinto, não me entreguei. Quase cheguei lá. Cheguei muito perto. Mas não me entreguei.

Pessoas vem, pessoas vão... E, às vezes, pessoas voltam. Não sei se um dia ela volta. Não questiono mais isso a D-s, nem peço para que volte. Mas sei que Ele a usou pra me mostrar minhas visões distorcidas referente a relacionamentos, minhas limitações, deficiências, sentimentos e vícios. Hoje percebo muito mais a minha dependência de D-s em tudo o que preciso fazer. A necessidade de D-s em meu trabalho, em meu relacionamento familiar, em meu relacionamento amoroso e, principalmente, minha vida pessoal.

by A.

Um comentário:

Tiane disse...

Pura verdade! E detalhe, o desenho é lindo!

bjooo