
Papel um, isqueiro aceso. Fogo. Papel dois, isqueiro aceso. Fogo. E assim foi... Um a um, até não precisar mais do isqueiro. A luz alaranjada aquecia sua face fazendo brilhar as lágrimas que teimavam em cair. As chamas quentes faziam crepitar a grama seca do jardim, juntamente com os papeis que, aos poucos, iam sumindo. O vento frio soprava as cinzas do que noutro tempo fora um lembrete constante da felicidade que almejava num bailar fascinante de pontos negros pelo ar, levando embora o que sobrou de seus pensamentos, atos e palavras que tanto a alegrava.
Era o passado. Perdidos desejos. Sonhos desfeitos.
Pensamentos registrados ali, agora não faziam mais parte do que deveria ser lembrado.
Palavras perdidas. Lembranças de outra vida.
by A.
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