A noite estava fresca e estrelada. Uma leve brisa deixava os braços e pernas de ambos arrepiados. Eles estavam numa praça no centro da cidade, ele em pé, se equilibrando, e ela sentada nas grades de um brinquedo infantil, precariamente abraçados.
Conversavam quase que por códigos. Hora em inglês, hora em libras. Riam e sorriam das confusões "linguísticas" utilizada por essa complicada comunicação, que era só deles. Havia intimidade nas palavras, no carinho, no abraço.
Enquanto ela acariciava o lóbulo de sua orelha, conversavam amenidades do cotidiano, coisas da vida, amores e desventuras.
O tempo passava sereno enquanto conversavam. Ou mesmo quando ficavam em silencio observando o escuro céu.
Pessoas caminhando apressadas observavam o diferente casal, mas eles simplesmente ignoravam o que acontecia ao redor. Aquele momento era precioso. Único.
Não havia preocupação. Não havia tempo ruim. Eram amigos. Amigos de verdade.
by A.
É estranho ter tanto contato com alguém e por motivos tão banais, acabamos nos afastando.