terça-feira, 29 de junho de 2010

.: Diálogos Mensais :.

Primeiro mês:
- Se a gente se separar, vc vai sofrer?
- Ah... Não sei, talvez, mas vou superar.
- Hum

Segundo mês:
- Se a gente se separar, vc vai sofrer?
- Ah, vou ficar triste, será mais uma entre muitas desilusões amorosas, mas uma hora supero.
- Hum

Terceiro mês:
- Se a gente se separar, vc vai sofrer?
- Vou ficar muito, muito triste. Com certeza.
- Hum

Quarto mês:
- Se a gente se separar, vc vai sofrer?
- Sim. Sem eu não tiver vc eu morro.
- Hum. Que pena... Estive pensando melhor... Vc não é exatamente o que eu pensei pra mim...



[Esta NÃO é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com nomes, datas e acontecimentos reais NÃO terá sido mera coincidência]

quinta-feira, 24 de junho de 2010

.: Amor :.


"... Se você amar alguém, será real para com ele, custe o que custar. Sempre acreditará nele, sempre esperará o melhor dele, e sempre se manterá em sua defesa." [I Cor. 13:7 - Biblia Viva]


Pode até ser que eu tenha uma visão errada do que é, e sei que já tive em alguns aspectos e algumas vezes, até porque meu amor não é perfeito. Já falei e fiz coisas pensando que, naquele momento, aquela era a forma certa de demonstrar. Mas quando olho para trás, vejo que nem tudo era assim tão errado nem totalmente certo. E o que é certo?

Tempos atrás me perguntaram "Como você pôde me amar tão depressa?"

O fato é que, na minha visão, amar é algo simples. Muito mais simples do que se apaixonar, porque você não escolhe por quem se apaixona, mas escolhe a quem amar. Quando se ama, dedica-se tempo, pensamentos, intenções, sonhos, orações, porque amor nada mais é que dedicação e comprometimento. E pode até ser que não haja reciprocidade, mas ainda assim faz, porque amor é amor e ponto. Não espera nada em troca. Claro que quando se diz respeito a relacionamentos, é muito mais gostoso quando ambos sentem a mesma coisa, se dedicam da mesma forma, tem a mesma visão.

Não costumo dizer "Eu te amo". Sou meio travada nesse sentido, a não ser quando sinto dentro do meu coração a vontade de dedicar meu eu àquela pessoa. Não banalizo o "Eu te amo", [apesar da visão algumas vezes errada].

Mas sei que amo quando me sinto a vontade em falar, em me abrir, em me discontrair. Quem me conhece sabe o quanto sou fechada, calada, insegura e desconfiada, Então, amo quando me sinto na liberdade de brincar e falar besteira. Quando posso ser moleque e menina. Gentil ou indelicada. Quando posso me calar ou falar como uma matraca. Amo quando me sinto livre. Livre pra escrever, livre pra ligar, livre pra resmungar, livre. Amo quando paro para fazer um bilhetinho, um cartão ou escrever um poema. Amo quando penso e desejo fazer aquela pessoa feliz, as vezes quase se esquecendo de mim, porque gosto de agradar a todos a quem amo. Gosto de fazer aquele bolo, aquele pudim, aquela lazanha, aquele strogonoff só para ver o sorriso angelical que elas dão quando se sentem amadas, mesmo quando estou cansada, com sono, chata... Faço porque amo e pronto.

E até mesmo quando a pessoa que escolhi faz algo que me desagrade, me machuque, me traia, me decepcione, não deixo de amá-la. Continuo a orar, a dedicar pensamentos, textos, poesias e... tempo. Defendo com unhas e dentes. Sempre. Mesmo magoada, machucada, traída, decepcionada.

Sei que um dia serei aperfeiçoada no AMOR. Cada vez um pouco mais, sempre que tiver em meu coração o AMOR maior.

Então, se algum dia na vida eu lhe disse "Eu te amo", pode estar certo que você é uma pessoa r e a l m e n t e amada. Não importa a distancia ou a circunstancia que nos separa. Amarei para sempre. E tenha a certeza, sinto sua falta.

by A.





Dedicado a todos meus amigos.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

.: Nova Estação :.

Embora a maioria das coisas sejam boas em qualquer época do ano, no inverno elas recebem um “gostinho” especial. Pelo menos pra mim. Aí vão algumas delas:

Chocolate quente. Edredon. Pijama. TV. Meias. Abraço. Luvas. Campos do Jordão. Cama. Pantufa. Cappuccino da Koppenhagen. Céu aberto. Vento. Jantar romântico. Sopa. Elegância. Banho quente. Pernas entrelaçadas. A cor do céu ao entardecer. Passeios noturnos. Lareira. Morango. Fondue. Livros. Maquiagens coloridas. Noites sem luar. Namorar. Pipoca. Bebidas quentes com gengibre. Pinhão. Festa caipira. Fogueira. Pelúcia. Filmes. Patinação no gelo. Festivais...

E você, o que gosta no inverno?

domingo, 20 de junho de 2010

.: Brasil :.


O salão está cheio. Homens, mulheres, crianças, adolescentes, jovens. Acima do verde e amarelo predominante, das fitas, bandeiras, cornetas, apitos e sons, posso ver a ansiedade no olhar de cada expectador. Olhares fascinados, concentrados, vidrados. Vez ou outra se ouve um “uuuhhhhhh...” O garoto de boné com duas bandeiras cruzadas na testa roe as unhas. A grávida mastiga um apito que deveria ser usado. O de peruca verde cruza os braços na frente do corpo. Aquela que voltou a pouco do exterior apóia-se na cadeira da frente. As crianças trocam os olhares distraídos entre a tela e os outros coadjuvantes. O refrigerante fica quase esquecido nos copos. Até a menina que nem gosta de futebol está ali, sentada na primeira fila de bancos.
Na tela, os protagonistas correm pelo gramado. Pequenos pontos que vão de um lado para o outro apanham da famigerada Jabulani, ainda provocando ansiedade aos expectadores.
Do lado de cá resmungos, reclamações, vozes alteradas.
Do lado de lá bolas roubadas, faltas, contusões, bola na área, trombadas, brigas, discussões, cartões... Expectativa. Silencio. Jabulani rolando. E ela vai chegando, chegando e de repente o que era ansiedade e murmúrio se transforma em pulos e abraços e riso. Cornetas e apitos entram em ação.
O que vejo? União, mesmo que momentânea. Um mundo inteiro parado pra ver seu país jogando. Unido com as mesmas expectativas e um mesmo objetivo: ganhar a taça.
Fico pensando no quanto seria bom se isso acontecesse mais vezes, mais momentos de sorrisos, mais momentos de abraços, momentos de felicidade, momentos de expectativas, de compartilhamento de sonhos. Pensando no quanto seria bom unir pessoas com objetivos em comum, mesmo sendo tão diferentes. Homens, mulheres, adolescentes, crianças...
Em época de copa, tudo o que consigo ver ao ver todos aqueles rostos em verde e amarelo é a união que deveríamos ter todos os dias, não apenas aquele momento.
Era algo que deveria durar pra sempre!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

.: Três Minutos :.


Sete horas e quarenta e cinco minutos. Ajeito a mochila enquanto desço do ônibus. Tenho apenas 5 minutos pra chegar ao meu destino. Olho para os lados e atravesso a avenida. Vejo a hora de novo e saio correndo. Não estou acostumada, por isso logo começo a sentir dor no peito. O jeito é caminhar apressadamente. Corro mais um pouquinho. Subo a rua e lembro do Diego. Chegou 2 min. atrasado depois do almoço e teve que voltar pra casa. Desconto no salário que já não é lá aquela coisa. Desço rua. Sete e cinqüenta. Subo rua e lembro do Cesar que chegou 3 min. atrasado por ter sido parado numa blitz e teve que pedir ao poderoso chefão pra poder entrar. Desço a rua e finalmente chego. Sete horas e cinqüenta e três minutos. Cheguei 3 minutos atrasada no trabalho. Isso mesmo, 3 minutos. Sou recebida com um olhar de condolência e um sorriso sem graça da recepcionista me desejando um bom dia. No corredor os meninos de costas pra mim recebendo instruções, olharam meio de lado com o mesmo olhar de condolencia da recepcionista, provavelmente pensando “Coitada. Essa já era.” Dona Iraci então, nem me olha. Caminhando ainda lembro da Alana desesperada me recomendando para nunca me atrasar porque isso e porque aquilo... Me passou uma lista de porquês. Entro no DP pra colocar meu dedinho lá. O ponto ainda marca sete e cinqüenta e três. Sou fuzilada com o olhar do chefe do departamento como se eu fosse um monstro a ser destruído. “O ônibus atrasou”. Pura verdade! Mas ele, claro, não acredita. A assistente não sabe se sorri ou já faz minha carta de demissão. Como dizem que quem cala consente, passei o dedinho, mesmo com o olhar de fuzilamento ainda me atravessando. Saí da sala ainda sentindo a pressão da “arma” nas minhas costas.
Atrasei.

Em um hospital, três minutos pode salvar ou matar uma vida. Numa escola, pode-se terminar ou entregar em branco uma prova. E num trabalho pode ser motivo de demissão de um funcionário.

Será?

Isso é o que acontece quando se depende de transporte público.

Antes de sair Tiago do administrativo faz uma advertencia "Foi sua primeira vez? Vixi, então prepare-se que na próxima ele te manda embora."

Por via das dúvidas, melhor me cuidar e sair com 2 horas de antecedencia.

Hã. Tudo por conta de três míseros minutos...

by A.

terça-feira, 15 de junho de 2010

What Can I Do?

Passei o dia com uma música do The Corrs na cabeça, ai chegando em casa procurei por ela, ouvi, e nessa de ir link a link, acabei caindo nessa outra que gosto muito também.
Sempre gostei da The Corrs. As meninas (e o garoto) cantam e tocam muito. Gosto das cordas, da percurssão, da melodia, das letras e da combinação de sons com voz. Perfeito!

Interessante como muitas músicas falam tanto sem a gente precisar dizer nada. Só vem o pensamento "Porque não pensei nisso antes?" Talvez porque sinta que há musica implícita em mim.
Gosto de usá-las pra expressar o que sinto, o que penso, o que vivo. E por ser assim, quando alguém canta ou me mostra uma já fico pensando "Será que quer dizer alguma coisa?" Quando me olham enquanto cantam então, ai a coisa complica... rs...

Já aconteceu com você?
Vamos supor que está no carro com alguém, e ai toca uma música que combina com a situação, e vcs sorriem, e se divertem... E vão a lanchonete, e lá esta a música tocando novamente reafirmando o momento. Mas ai, depois de um tempo, por algum motivo vc não se encontra mais com aquela pessoa e.... Toda vez que escuta aquela musica, fica lá pensando, pensando e pensando... Lembrando... Ê nostalgia...

E quando vc relaciona váaaaarias músicas com a mesma pessoa? Aí vc pensa "Puxa... Melhor não fazer isso de novo...". Mas a gente sempre faz. Não tem jeito... rs...

Coisas que acontecem... Como dizem por ai, é a dinâmica da vida...

Mas enfim, é isso ai. Viajei.. rs..

Só pra curtir um pouquinho, ai vai. "What can I do?"

Abraço a todos.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

.:: Necessidade ::.


Da mão no rosto.
Do abraço acolhedor.
Do beijo carinhoso na bochecha.
Das mãos dadas.
Do calor na voz.
Da palavra de consolo.
Do olhar apaixonado.
Do sorriso de alegria.
Do carinho no pescoço.
Do beijo de boa noite.
Da ligação no meio do dia.
Da falta de fôlego.
Do frio no estômago.
Da febre.
Da paixão.
Da loucura.
Da adrenalina.
Da canção.


by A.

terça-feira, 8 de junho de 2010

.:: Procura-se ::.

Alguém que queira compartilhar sonhos; que goste de ouvir e também de falar. Que ria de piadas sem graça e que não precise de coisas caras para ser feliz. Alguém que goste de ler. Que reconheça o valor dos pequenos gestos. Que admire a beleza de um pôr-do-sol, da lua e das estrelas. Que caminhe de mãos dadas em um parque e que não se envergonhe de abraços em público. Alguém que sorria ao ver um cachorrinho, ou ao deitar numa rede para relaxar. Alguém que goste de falar sobre tudo, que tenha prazer em estar acompanhado. Que goste de sair, passear, comer, se divertir. Que seja cuidadoso e que ande perfumado. Que seja alegre, espontâneo, carinhoso, otimista, companheiro, simpático, atencioso, fiel, humilde, corajoso, sincero, inteligente, puro, sereno, trabalhador. Que tenha caráter, auto-estima e propósito. Alguém que não tenha medo de errar, mas esteja disposto a tentar até acertar. Alguém que ria, que cante, que dance, que chore, que fale, que brinque, que creia, que lute, que contagie, que sinta.

Procura-se alguém que eu possa chamar de “meu”.

by A.


"Eu sou do meu amado, e meu amado é meu"
[Canticos 6:3]

domingo, 6 de junho de 2010

Valentine's Day

Esta é a semana que antecede o dia dos namorados e já que é uma semana toooooda romantica, vou escrever apenas coisas relacionadas a isso...
Eu, particularmente, nunca gostei dessa data, desde q me lembro da existencia dela. Nada tem a ver com o fato de ter ou não um namorado. Apenas não gosto. Isso leva pessoas a se sentirem tristes. É como dia das mães para quem não tem mais a sua, ou dia dos pais pra quem não tem mais o seu. Dia dos namorados é triste pra pessoas que não tem com quem comemorar. Não é como o dia do abraço , beijo ou do amigo que vc pode arrumar com quem comemorar a qualquer momento. É uma carencia que não se pode suprir por um momento.

Mas pra iniciar essa semana, vou compartilhar um dos meus poetas favoritos:


Talvez

Talvez não ser,
é ser sem que tu sejas,
sem que vás cortando
o meio dia com uma
flor azul,
sem que caminhes mais tarde
pela névoa e pelos tijolos,
sem essa luz que levas na mão
que, talvez, outros não verão dourada,
que talvez ninguém
soube que crescia
como a origem vermelha da rosa,
sem que sejas, enfim,
sem que viesses brusca, incitante
conhecer a minha vida,
rajada de roseira,
trigo do vento,

E desde então, sou porque tu és
E desde então és
sou e somos...
E por amor
Serei... Serás...Seremos...


Pablo Neruda